Concepções de estudantes universitários de educação sobre a(s) infância(s): constantes hegemônicas e desafios dissidentes
Palavras-chave:
adultismo, conhecimento implícito, formação de professores, infânciasResumo
Ao longo do tempo, construiu-se uma representação social do que significa ser criança(s), mediada pela ideologia, pelos interesses e pelas motivações de grupos com poder de organizar, entre outros, os sistemas educacionais. Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa qualitativa cujo objetivo principal foi informar sobre as representações do construto "infância(s)" dos alunos do curso de Bacharelado em Educação Infantil e Licenciatura em Educação Básica e sua influência na projeção de práticas educativas. O instrumento utilizado foi um questionário com perguntas abertas, com um total de 299 respostas. Os resultados mostram uma visão idílica e feliz da infância, na qual a visão interseccional está ausente. As crianças são representadas, em sua maioria, como pessoas em desenvolvimento e futuras cidadãs, vulneráveis e sem capacidade de ação. Trata-se de uma concepção essencialista e adulta que corresponde às relações de poder que as permeiam e que geram práticas educacionais também idealizadas e simplistas. Conclui recomendando que a formação de professores deve explicitar essas representações e sua relação com o ensino, como um primeiro passo para a construção de outras formas mais realistas, democráticas e igualitárias de fazer educação.Downloads
Publicado
2024-02-28
Como Citar
Vázquez Recio, R., Gallego Noche, B., & López-Gil, M. (2024). Concepções de estudantes universitários de educação sobre a(s) infância(s): constantes hegemônicas e desafios dissidentes. Psicoperspectivas. Individuo Y Sociedad, 23(1). Recuperado de https://psicoperspectivas.cl/index.php/psicoperspectivas/article/view/3106
Edição
Seção
Artigos de Pesquisa
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