Em termos globais, nos encontramos em um contexto crítico com relação às crises ambientais e sua influência nos modos de vida; as transformações socioculturais envolvidas dificultam a separação entre o ambiental e o social. Assim, quando falamos de crises socioambientais, estamos nos referindo tanto às mudanças no meio ambiente devido às atividades humanas de extração e exploração de recursos naturais quanto aos conflitos sociopolíticos e culturais que surgem em cada território.

Os conflitos socioambientais incluem aqueles relacionados a mudanças climáticas, poluição, desmatamento, seca, escassez de água, entre outros, que, por sua vez, podem causar outras crises, como o deslocamento forçado de migrantes internos e internacionais ou o uso indevido e a apropriação de territórios indígenas. Nas áreas rurais, tem havido uma tendência a analisar essas crises sob a perspectiva de seu impacto no mundo adulto, sem considerar seus efeitos sobre as crianças e os adolescentes que habitam esses espaços.

O objetivo desta chamada é servir como uma plataforma para tornar visível e posicionar o conhecimento produzido no sul global, explorando o papel que as escolas e as organizações comunitárias rurais desempenham na educação, treinamento, sensibilização e orientação de crianças e jovens que convivem com o território em crise.

Convidamos a submissão de artigos que reúnam experiências focadas na transmissão de conhecimentos, na promoção de habilidades e no fortalecimento de atitudes para que crianças e adolescentes possam compreender as crises socioambientais presentes em seus territórios. Dessa forma, buscamos promover reflexões sobre como os territórios em crise podem ser fortalecidos pelos discursos, estratégias e práticas desses espaços socioeducativos que promovem a sustentabilidade ambiental; deixando para trás o paradigma que vincula a ruralidade ao passado e a posiciona como um espaço com o qual podemos aprender a nos preparar para o futuro.

As contribuições -quantitativas, qualitativas ou mistas- devem atender aos critérios descritos nas “Diretrizes para Autores” disponíveis em www.psicoperspectivas.cl, ser originais e inéditas, escritas em inglês, português ou espanhol. Todos serão submetidos a um processo de revisão por pares sob o critério “duplo-cego”.

O prazo para o recebimento de artigos por meio da plataforma virtual da revista é 30 de abril de 2025.

Editoras Psicoperspectivas: Javiera Pavez, Manuela García Quiroga, Jacqueline Espinoza Ibacache (PUCV)
Editoras convidadas: Carmen Gloria Núñez (PUCV) e Sara Joiko (UNAP)