Vínculos afetivos da infância em territórios em crise socioecológica: brincadeiras, intercâmbio intergeracional e mudanças climáticas

Vínculos afetivos da infância em territórios em crise socioecológica: brincadeiras, intercâmbio intergeracional e mudanças climáticas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5027/psicoperspectivas-Vol24-Issue3-fulltext-3490

Palavras-chave:

conexão emocional, cambio climático, infâncias rurales, educação participativa, metodologias participativas

Resumo

A crise climática expõe uma série de desafios para as instituições educacionais. Situar os processos de aprendizagem nos territórios habitados pelas crianças é um primeiro passo a ser dado. Este estudo de caso explora o vínculo afetivo das crianças em uma comunidade rural chilena afetada pela crise socioambiental. Por meio de metodologias participativas — como cartografias sociais, afetivas e o uso de drones — foram identificadas três categorias: vínculo por meio do jogo, vínculo transgeracional e concepção de mudança climática. Os resultados evidenciam que: a) As práticas lúdicas das crianças são uma forma ativa de aprendizagem socioecológica b) Os avós desempenham um papel fundamental na criação do vínculo afetivo e do sentimento de pertencimento ao território. c) As concepções das crianças sobre as alterações climáticas afastam-se das lógicas adultocêntricas e escolares, adotando uma perspetiva relacional que integra o ambiental e o social, revelando relações afetivas multiespécies. As conclusões evidenciam que as crianças compreendem as alterações climáticas a partir de uma perspetiva holística que liga fenómenos ambientais e sociais, o que coloca desafios para a educação ambiental não adultocêntrica.

Biografia do Autor

Paula Ascorra, Pontificia Universidad Católica de Valparaíso

Doutora em Psicologia pela Universidade do Chile. Psicóloga pela Pontifícia Universidade Católica do Chile. Suas linhas de pesquisa abrangem as relações dentro das instituições; estudos sobre a convivência escolar a partir de uma perspectiva democrática e a análise das políticas educativas públicas ao nível dos gestores escolares e das salas de aula.

Celeste Orrego, Pontificia Universidad Católica de Valparaíso

Psicóloga pela Pontifícia Universidade Católica de Valparaíso, atualmente cursa uma especialização em Antropologia e Criação Audiovisual na Pontifícia Universidade Católica do Chile. Celeste participa de um projeto de pesquisa Fondecyt (1230581), focado em compreender e comparar as políticas e práticas que favorecem ou dificultam uma cultura de convivência escolar democrática incorporada, em estabelecimentos educacionais tanto públicos quanto privados de elite. Em sua experiência de trabalho e pesquisa, ela participou da realização de hortas comunitárias, com destaque para a horta do Cerro Esperanza, bem como da criação de um curta-metragem sobre as hortas comunitárias na cidade de Valparaíso. Da mesma forma, Celeste fez parte de instâncias comunitárias de cuidados terapêuticos por meio de conhecimentos ancestrais. Além de se dedicar como assistente de pesquisa na escola de Psicologia da PUCV, ela trabalha no serviço de atenção primária à saúde.

Pablo Mansilla-Quiñones, Pontificia Universidad Católica de Valparaíso

Professor adjunto do Instituto de Geografia da Pontifícia Universidade Católica de Valparaíso, desenvolvendo atividades de ensino, pesquisa e vinculação com o meio na área de Geografia Social e Geografia Latino-Americana. Doutorado em Geografia Humana pela Universidade Federal Fluminense, Brasil. Sua experiência profissional e acadêmica tem estado principalmente ligada à pesquisa de territórios e movimentos sociais latino-americanos, aprofundando-se em problemáticas e conflitos socioambientais e rurais, tanto na região de Valparaíso quanto em outras regiões e latitudes do continente. Entre seus temas mais destacados está o estudo dos territórios e conflitos mapuches, tendo publicado o livro “Cartografia cultural do Wallmapu: elementos para descolonizar o mapa no território mapuche”. Estuda o despovoamento da Patagônia chilena na região de Magallanes e participa do Núcleo Milenio Movilidades y Territorio MOVYT, integrando aspectos culturais, ambientais e da natureza com enfoque descolonial e latino-americano.

Patricio Pérez , Pontificia Universidad Católica de Valparaíso

Geógrafo pela Pontifícia Universidade Católica de Valparaíso e candidato a doutorado em Geografia pelo Instituto de Geografia e Ordenamento do Território IGOT da Universidade de Lisboa, Portugal. Desenvolveu pesquisas na intersecção entre Geografia Cultural, Estudos Migratórios e Estudos Urbanos. Desenvolveu atividades de ensino de graduação nos cursos de Geografia, Serviço Social e Pedagogia em História, Geografia e Ciências Sociais da PUCV, bem como no curso de Sociologia da Universidade de Playa Ancha, e também no Mestrado em Geografia da PUCV.

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Publicado

2025-11-15

Como Citar

Ascorra, P., Orrego, C., Mansilla-Quiñones, P., & Pérez , P. (2025). Vínculos afetivos da infância em territórios em crise socioecológica: brincadeiras, intercâmbio intergeracional e mudanças climáticas. Psicoperspectivas, 24(3). https://doi.org/10.5027/psicoperspectivas-Vol24-Issue3-fulltext-3490

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa - ST
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