“Viver aqui é difícil”: narrativas de pessoas em situação de rua sobre serviços de acolhimento institucional
Palavras-chave:
População em situação de rua, acolhimento institucional, direito à moradiaResumo
Este estudo buscou analisar as narrativas de pessoas em situação de rua sobre a vivência em serviços socioassistenciais de acolhimento institucional, problematizando a moradia como horizonte ético-político para uma vida digna. Foi realizado um estudo qualitativo, com pesquisa participante, produção de diários de campo e entrevistas semiestruturadas com oito homens adultos em situação de rua que frequentam uma instituição socioassistencial na região central da cidade de São Paulo. As informações produzidas foram analisadas mediante a Análise Temática, que contou com auxílio do software ATLAS.ti, e apresentadas em categorias temáticas. Em síntese, os dados demonstram três tendências: (1) os serviços de acolhimento como espaços nos quais é possível fugir das ruas, que fornecem algum tipo de proteção, como as intempéries, e onde as necessidades básicas de vida e organização diárias podem ser contempladas, como as necessidades fisiológicas; (2) também são espaços que (re)produzem violências, que não promovem a autonomia e dignidade da PSR; (3) o direito à moradia se coloca como um direito a ser alcançado, capaz de conferir garantias psicossociais, como liberdade e autonomia, necessárias para uma vida digna e que não se limitam às condições materiais.
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