Apoio social para pessoas em situação de rua: Interface com saúde, direitos humanos e dimensão subjetiva
DOI:
https://doi.org/10.5027/psicoperspectivas-Vol20-Issue2-fulltext-2184Palabras clave:
apoio social, direitos humanos, situação de ruaResumen
Resumo
As discussões sobre o apoio social e suas relações com as dimensões saúde, direitos humanos e dimensão subjetiva na vida das pessoas em situação de rua (PSR) são relevantes diante do crescimento dessa população em todas as cidades do Brasil e do mundo com a pandemia do COVID-19. Objetivou-se, com essa pesquisa, analisar o apoio social de PSR de Fortaleza (Ceará/Brasil), a partir das dimensões saúde, direitos humanos e subjetiva. A pesquisa foi realizada com a aplicação de 236 questionários válidos a pessoas que viviam nas ruas de Fortaleza no ano de 2019. As fontes de apoio social mais buscadas pelas PSR foram Deus, Centro Pop e Amigos em situação de rua e aquelas menos buscadas foram os CAPS, o Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) e as Comunidades Terapêuticas. Os processos de humilhação e vergonha foram vivenciados repercutindo nas dimensões saúde, direitos humanos e subjetiva. As PSR sofrem alta discriminação e não são consideradas como sujeitos de direitos, o que revela o descaso do Estado na proposição de políticas públicas.
Resumen
Los debates sobre el apoyo social y sus relaciones con la salud, los derechos humanos y las dimensiones subjetivas en la vida de las personas sin hogar son pertinentes en vista del crecimiento de esta población en todas las ciudades del Brasil y del mundo con la pandemia de COVID-19. El objetivo de esta investigación fue analizar el soporte social de las personas sin hogar en Fortaleza (Ceará/Brasil), a partir de las dimensiones salud, derechos humanos y subjetiva. La investigación se realizó con la aplicación de 236 cuestionarios válidos a las personas que viven en las calles de Fortaleza en 2019. Las fuentes de apoyo social más buscadas por las personas sin hogar eran Dios, el Centro POP y Amigos en situación de calle y las menos buscadas eran el CAPS, el Movimiento Nacional de la Población Sin Hogar (MNPR) y las Comunidades Terapéuticas. Los procesos de humillación y vergüenza se experimentaron con repercusiones en la salud, los derechos humanos y las dimensiones subjetivas. Las personas sin hogar sufren una alta discriminación y no es considerado como un sujeto de derecho, lo que revela la negligencia del Estado en la propuesta de políticas públicas.